Há dois anos eu começava
uma nova etapa em minha vida. No dia 3 de maio – dois dias antes do meu
aniversário- , comecei a trabalhar no meu primeiro emprego e, conforme
planejado, na área profissional que eu escolhi: o jornalismo!
Lembro quando cheguei na redação
para fazer o teste que valia tudo ou nada. Era uma hora daquelas em que todos
estão a polvorosa no meio da tarde. Os repórteres confirmando informações por telefone e saindo para as pautas, editores cobrando horários, alinhando o fechamento das
páginas, ramais tocando ao mesmo tempo, pessoas circulando próximo ao
computador que eu estava e, o Word com a tela branca na minha frente. Confesso
que fiquei assustada com aquela agitação toda! Até então, a única redação de
jornal que eu conhecia, era aquela que aparece atrás dos apresentadores dos
telejornais e, pela TV, não dá para ver nem um mínimo do sufoco que é colocar
um jornal no ar, ou, para circular.
Recebi duas pautas. Uma era sobre a precariedade do transporte coletivo e a outra era uma pauta da editoria de comportamento da “Revista Tudo!”, que chamamos de pauta fria. A proposta era falar das mães que também exercem o papel de pai e, dos pais, que também exercem o papel de mãe. Avalio como o meu primeiro teste conseguir produzir as duas matérias dentro da redação, já que eu não era acostumada a me concentrar com barulho. Nesse dia eu consegui! Pelo o que eu me lembro, foi uma das primeiras vezes. Quem sabe um sinal de que ia dar certo e eu teria que me acostumar! Embora apreensiva, como toda boa primeira vez em algo, eu entreguei as matérias confiante. Depois de entregues, a editora pediu para eu aguardar, pois ela tinha pressa e queria me dar uma resposta imediata.
Recebi duas pautas. Uma era sobre a precariedade do transporte coletivo e a outra era uma pauta da editoria de comportamento da “Revista Tudo!”, que chamamos de pauta fria. A proposta era falar das mães que também exercem o papel de pai e, dos pais, que também exercem o papel de mãe. Avalio como o meu primeiro teste conseguir produzir as duas matérias dentro da redação, já que eu não era acostumada a me concentrar com barulho. Nesse dia eu consegui! Pelo o que eu me lembro, foi uma das primeiras vezes. Quem sabe um sinal de que ia dar certo e eu teria que me acostumar! Embora apreensiva, como toda boa primeira vez em algo, eu entreguei as matérias confiante. Depois de entregues, a editora pediu para eu aguardar, pois ela tinha pressa e queria me dar uma resposta imediata.
Enquanto esperava, fiquei observando cada
movimento daquele lugar, que era a prática do que eu via na faculdade, ainda no
terceiro período do curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo. Escrevi
em um pedaço de papel: Seja o que Deus quiser! Depois de quase uma hora, eu
ouvi: Você começa amanhã! E, Ele quis! Surgia então, uma nova estagiária com
fome de aprender.
A matéria do teste foi publicada na edição
daquela semana da revista. No entanto, no terceiro período da faculdade, você viu
ainda bem pouco do que precisa saber para se dar bem no mercado. Eu tinha
consciência de que seria um desafio a cada dia, mas, tinha certeza de que iria
conseguir vencê-los, pois, força e vontade eram o que eu mais dispunha naquele
momento. As pautas começaram a chegar, as matérias começaram a sair e, nada
como você ver sua primeira matéria assinada ser publicada. Meus caros colegas
de estágio sabem disso. É emocionante! Depois você se acostuma, mas as
primeiras... A cada pauta que eu marcava, ou, a cada entrevista que eu fazia,
aprendia uma pouco do que eu precisava saber para obter os resultados que eu pretendia.
Com o tempo além do deslumbre da
profissão, comecei a constatar que acertei na escolha que havia feito aos 14 anos
de idade, ainda na oitava série do Ensino Fundamental quando decidi que faria
jornalismo. Comecei a aprender o que a faculdade não ensina, como a arte de ser
ágil em uma redação, ou, o desafio de escrever três matérias ao mesmo tempo e,
ainda, como sobreviver aos plantões de final de semana! Tem que gostar da
dinamicidade do jornalismo e, principalmente, das coisas que ele te impõe. Da
rotina que não é rotina, porquê todo dia existe uma coisa nova; dos
malabarismos que fazemos para conciliar horários com as fontes; das
necessidades que temos de investigar, apurar, questionar até ter certeza de que
a informação é verídica; dos finais de semana sem cara de final de semana; das
matérias de três laudas; do tempo curto para produzi-las. Enfim! Do corre-corre
diário... Não é fácil! Mas é gratificante!
Meu pai desde o início sempre fez questão
de dizer que não queria que eu fizesse jornalismo. Eu, desde o início, não me
via fazendo outra coisa. Hoje, até nele, vejo uma ponta de orgulho por eu ter
começado a trabalhar cedo. Se bem que dizem que estágio não é trabalho. Só que isso não é verdade! Eu garanto que estágio é trabalho, dá trabalho e acumula trabalho. Porém,
antes de tudo é aprendizado, superação e conquista!
Em
dois anos aprendi muito! Cheguei com uma bagagem de autodidata, talvez. Com a
habilidade de alguém que sempre gostou de escrever. Mas o olhar crítico da
notícia, o faro para ou que rende e o que não rende. As técnicas que vão além
da gramática, como o lead e, dentre outras coisas. Isso eu tive que aprender! E
se eu fosse avaliar, diria que “tirei de letra”.
Em dois anos, foram cerca de 400
matérias para a Revista Tudo, que é semanal, tem 16 páginas e por semana saia
entre cinco a seis matérias. E não consegui fazer o levantamento de em média
quantas para o plantão. Tive a oportunidade de conhecer o exercício do editor,
aprender a maneira correta de editar e realizar o fechamento do caderno.
Entrevistei pessoas importantes, renomadas, cobri eventos de destaque regional,
assinei matérias de capa. Sai para pautas para falar desde buracos nas ruas da cidade, páginas policiais, até
às pompas das lojas da Avenida dos Holandeses. Por falar em página policial, elas
nunca foram pautas corriqueiras para mim. Porém, em uma ocasião, fui cobrir um
achado de cadáver na Estrada da Raposa, e posso dizer que foi uma das primeiras
vezes que tive que lidar com a frieza que o jornalismo exige em dados momentos.
Mantive a “frieza”, a razão e,
conclui minha apuração. Depois, no caminho de volta, que me permiti a
sensação de ver um corpo daquele jeito pela primeira vez.
Hoje, 3
de maio de 2013, se passaram dois anos! Tempo mais que suficiente para
vivenciar tudo isso! Cumpri o prazo máximo de um contrato, que em outras
palavras, foi o primeiro passo de um longo caminho que hei de percorrer. Sem
dúvidas, o maior presente, dos meus 19 anos, foi começar a trabalhar aquele
dois dias antes do meu aniversário. Hoje, com o pé já nos 21 e, há 28 dias de
entregar o TCC e concluir o curso, digo com certeza: Valeu a pena! Estou quase cruzando a linha de chegada e trago na bagagem tudo o que eu aprendi no campo.
Ao Jornal O Imparcial que acreditou e apostou em mim, aos editores que trabalharam comigo, aos repórteres amigos e, principalmente a Deus, agradeço por esses dois anos de estágio, que como repórter, tive a oportunidade de crescer e desenvolver minhas habilidades enquanto profissional!
Ao Jornal O Imparcial que acreditou e apostou em mim, aos editores que trabalharam comigo, aos repórteres amigos e, principalmente a Deus, agradeço por esses dois anos de estágio, que como repórter, tive a oportunidade de crescer e desenvolver minhas habilidades enquanto profissional!